O Instituto Brasil Cooperado (IBC) trouxe à tona, nesta semana, documentos que, segundo a entidade, comprovariam manipulação contábil na atual gestão da Unimed Cuiabá. A acusação é de que um “rombo” de R$ 185,4 milhões foi fabricado artificialmente para beneficiar financeiramente prestadores ligados a diretores da cooperativa.
Segundo o presidente do IBC, o publicitário Mauricio Coelho de Souza Junior, que trabalhou na gestão anterior da Unimed Cuiabá, a atual administração da Unimed Cuiabá, presidida por Carlos Bouret, incluiu no balanço de 2022 contas médicas antigas, algumas rejeitadas por outras operadoras, sem qualquer auditoria interna. Essas despesas, de acordo com o instituto, foram inseridas no documento oficial da cooperativa com o intuito de justificar prejuízos e favorecer empresas com vínculos conhecidos com a atual diretoria.
Entre os apontamentos, destaca-se a inclusão de R$ 70,7 milhões referentes a contas de intercâmbio — despesas realizadas por clientes de outras Unimeds na rede da Unimed Cuiabá. Normalmente, essas contas são pagas pela cooperativa cuiabana, mas depois reembolsadas pelas operadoras de origem dos beneficiários. No entanto, os documentos apresentados mostram que os créditos devidos por essas operadoras não foram computados, o que reforça a tese de que as contas sequer foram aceitas pelas demais cooperativas.
“Os documentos trazidos pelo Instituto provam que as contas não tinham critérios mínimos necessários ao reconhecimento, pois – quando do lançamento – não passaram por auditoria médica interna, sendo muitas delas velhas e vindas de fora do sistema”, diz trecho da notícia no site do instituto.
MARKETEIRO DE EX-DIRETOR
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Mauricio Coelho de Souza Junior, presidente do Instituto Brasil Cooperado (IBC), criado há menos de um ano foi marqueteiro na gestão anterior da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira. Ele e outros diretores foram apontados como responsáveis por um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa entre 2019 e 2022.
Além Rubens, foram alvos da operação ‘Bilanz’, a ex-diretora financeira Suzana Palma, a ex-assessora jurídica Jaqueline Larrea, a ex-superintendente financeira Ana Paula Parizotto, e a ex-controladora interna da Unimed Cuiabá Tatiana Bassan Leite. As investigações apuram crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticada por Rubens e seu núcleo.
O QUE DIZ A UNIMED
Procurada, a Unimed Cuiabá não se manifestou de forma oficial. O espaço segue aberto.
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