No dia em que se comemora o Dia Nacional do Cerrado, nesta quarta-feira (11), o bioma sofre com a destruição causada pelos incêndios florestais. Conforme dado do Instituto Centro Vida (ICV), entre agosto e setembro, meses mais críticos da estiagem, Mato Grosso registrou 9.654 focos de fogo no bioma, representado alta de 300% com relação a 2023. Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá) é um dos municípios do Cerrado brasileiro que mais sofre com o problema.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional, com área entre 1,8 e 2 milhões de km2 nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Piauí e São Paulo. É a segunda maior formação vegetal do país, após a Floresta Amazônica, concentrando-se principalmente no Planalto Central Brasileiro.
Sua característica é a predominância de plantas rasteiras e pequenos arbustos, e árvores maiores com troncos grossos e tortuosos. As raízes podem chegar a 15 metros de profundidade.
Reprodução/ALMT
Conforme dados do ICV, nos meses de maior intensidade da estiagem, entre agosto e setembro, houve aumento de mais de 300% nos focos de incêndios. Neste ano, os incêndios já chegaram à quantia de 9.654 enquanto, em 2023, foram 1.984. Cabe destacar que a análise foi feita nas categorias áreas não cadastradas, área urbanizada, assentamento, imóvel rural cadastrado, território indígena e quilombola e unidade de conservação.
Ainda conforme dados do ICMBio, o Cerrado abriga um número de espécies vegetais e animais semelhante ao encontrado em formações florestais. Estudos apontaram pelo menos 10 espécies de minhocas, 7 espécies de escorpiões, 13 espécies de louva-deus, 139 espécies de vespas sociais, 800 espécies de abelhas. No que tange as aves, 837 são as espécies que ocorrem no Cerrado, sendo 29 espécies endêmicas, segundo o ICMBio.
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