A Praça Moreira Cabral, onde atualmente fica localizada a Câmara de Cuiabá, recebe turistas de quase toda a parte do mundo destinados a pisarem no miolo da América. Durante muito tempo, inclusive, bandeiras de países da América Latina eram hasteadas ali. Nesses 304 anos de fundação da capital de Mato Grosso, o HNT reascendeu uma polêmica histórica: afinal o Centro da Geodésico América do Sul fica em Cuiabá ou em Chapada dos Guimarães, no Mirante?
Na Entrevista HNT da semana, alusiva ao aniversário de Cuiabá, comemorado nesta sábado (8), o historiador Suelme Evangelista Fernandes fez um recorte da história pontuando que a cidade turística tentou roubar o Centro Geodésico de Cuiabá para, na verdade, promover o Mirante de Chapada.
“Chapada tentou roubar. Isso aí foi uma jogada turística. Um prefeito de Chapada contratou um desses especialista em turismo para criar um atrativo para valorizar o Mirante. Porque não tinha um grande atrativo. Foi uma jogada de marketing que se colocou, tanto é que, ali é considerado um lugar místico, porque lá tem um suposto marco que é Centro Geodésico”, explicitou o historiador, mas refutando a tese.
Segundo Suelme, o ponto central do continente foi demarcado por Marechal Rondon. Inclusive, informações disposta no site da Câmara reforçam que, em 1909, cálculos matemáticos, geográficos e astronômicos confirmaram o local conhecido como Campo d’Ourique, situado a 15º35’56” de latitude sul e a 56º06’55” de longitude oeste, tendo sido a localização geográfica reconhecida e confirmada oficialmente pelo Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, em 1975.
“A turma começou a falar que Cuiabá não era o Centro América do Sul. Rondon, muito enciumado com isso, falou eu “vou provar para vocês”. Imagina, ele em 1909, utilizando instumentos primitivos de observações de astros, de matemática. Ele pegou o Campo d’Ourique e pôs lá, tem um ícone, um arco, que fica lá na Câmara Municipal. Tem um obelisco grande e tem um menor verde, aquele quem pôs foi Marechal, em 1909”, destacou.
Mais tarde, o local seria sede do prédio da Assembleia Legislativa. Dentro desse contexto, começaram a surgir conversas de que Rondon havia errado os cálculos.
“Chamaram o Exército na década 70 para checar onde que é esse ponto, porque nós queremos construir a Assembleia no ponto equidistante, no ponto central da América do Sul. Foram lá, mediram tudo de novo e adivinha onde era? Exatamente onde Rondon falou”, colocou Suelme.
Vem entender melhor essa história assistindo a entrevista com historiador na íntegra.
Confira abaixo a entrevista completa.
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