A Associação da Parada LGBTQIA+ de Mato Grosso está acompanhando a morte do terapeuta e defensor dos direitos da comunidade, o norte-americano, Andrew Thomas Cicchetti, de 59 anos. O corpo foi encontrado no apartamento que morava, no Centro de Cuiabá, nesta sexta-feira (29), sem sinais de violência. O presidente da associação, Clóvis Arantes, disse ainda não saber afirmar se a causa foi natural ou se Andrew tirou à própria vida.
"Não tinha sinais nenhum no apartamento de arrombamento. Não tinha sinais de uma segunda pessoa. O Andrew, nos últimos tempos, andava muito triste e sozinho. Acreditamos que o desencadeador do falecimento dele foi essa tristeza que a maioria de nós, LGBTQIA+, que não temos família próxima, passa", disse à reportagem.
Conforme reportou o HiperNotícias, Andrew estava deitado na cama morto. O psicoterapeuta não possui família e morava sozinho no Brasil. Ele defendia uma lei semelhante à Lei Maria da Penha, para pessoas que vivem em relacionamentos homoafetivos, e levou isso à Justiça. Segundo Clóvis, a luta pela equiparação da lei ocorreu após ele sofrer uma violência doméstica.
Clóvis explicou que amigos próximos de Andrew estão fazendo contato com à família dele nos Estados Unidos para decidir se será feito o translado do corpo para o país americano ou se será velado e sepultado na Capital, onde morava há anos.
Indagado se Andrew poderia ter tirado à própria vida em razão da tristeza e solidão apontada por Clóvis, o presidente disse ainda não saber afirmar, somente após a finalização do laudo da morte.
"Não posso afirmar [se tirou à própria vida] porque não saiu ainda o laudo. Mas, a motivação de tudo, independente de ter sido suicídio ou infarto, é a solidão, estar sozinho. Se por acaso foi um infarto, quando está em família, tem possibilidade de ajuda", finalizou.
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