"Diligências de natureza diversa foram realizadas com o escopo indicado. Dentre as informações colhidas, as apresentadas pela operadora TIM S.A. em cumprimento à decisão proferida em 26.6.2024, que determinou o fornecimento da geolocalização, por Estações Rádio Base (ERBs), do celular utilizado por Filipe Garcia Martins Pereira entre os dias 30.12.2022 e 9.1.2023, parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional no período questionado", afirmou Gonet no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Caberá, agora, ao ministro Alexandre de Moraes acolher ou não o pedido da procuradoria. Martins foi alvo de operação para apurar a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Com o nome de Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim), a ação da PF mirou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.
A operação ocorreu em fevereiro. Martins está preso desde então. Na ocasião, foram presos também o ex-assessor do ex-presidente, Marcelo Câmara, coronel do Exército e também ex-assessor de Bolsonaro, Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército, e Bernardo Romão Corrêa Neto, coronel do Exército.
A prisão de Martins ocorreu depois do nome dele aparecer na lista de passageiros do voo presidencial que decolou do Brasil com destino a Orlando (EUA) em 30 de dezembro de 2022. Desde a prisão, em fevereiro, a defesa de Martins argumenta junto ao Supremo que ele não viajou.
Há nos autos recibos de iFood, comprovantes de movimentações bancárias e um comprovante de viagem doméstica que Martins teria feito no dia seguinte ao dia que os investigadores alegam que ele teria viajado para os EUA.
(Com Agência Estado)
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