O Brasil vive um momento ímpar na sua história, a cada dia nossos fundamentos filosóficos e psíquicos são alimentados por frases marcantes que nos convidam a mergulhar nas profundezas da psicanálise e da filosofia. Cotidianamente nosso “Mito”, o Capitão das Cloroquinas, em sua Ágora particular, o tal Cercadinho do Planalto (Brete Palaciano), nos brinda através do seu “vasto” vocabulário, frases que ficarão marcadas na Skoupídia (Σκουπίδια) da história.
Nem havia se passado dois dias da “gigantesca Marcha para Jesus” convocada por pastores e ruralistas na esplanada que, segundo apoiadores de WhatsApp, atingiu 1 milhão nas montagens divulgadas. O fato é que as poucas centenas que lá compareceram, carregavam faixas cheias de “ensinamentos” cristãos, tais como: “FORA STF”, “INTERVENÇÃO MILITAR JÁ”, “EU AUTORIZO”, “RENAN VAGABUNDO”, entre outras, porém, o mais curioso são os cristãos de bem empunhando a bandeira de Israel, justamente o estado que não aceita Jesus como seus Messias. Vai entender... Voltando ao nosso mito, que havia feito sua entrada triunfal na manifestação cavalgando, como se aí estivesse campeando seu gado, onde entre gritos e aplausos se ouvia o som manhoso de um berrante preguiçoso.
Como pontuei, mal se passaram dois dias do tal evento cristão-ruralista, com mais umas das surpreendentes frases que nosso agora imortal mito, que com sua vã filosofia costuma proferir, são três afirmativas que colocariam Sócrates no divã. “Sou Imorríviel”, “Sou Imbrochável” e “Sou Incomível”. Discorreremos sobre as três.
Sou Imorrível. É uma afirmativa que demonstra muita “humildade” do nosso presidente, nela se alça a condição de divindade alcançando a imortalidade. Nada mais justo para um messias. Né?
Sou Imbrochável. Uma afirmativa com palavreado “muito corriqueiro” nas famílias cristãs, que seguramente mantém-se em seus vocabulários. Cômico se não fosse trágico, um pai ter que dar explicações a seu filho ou sua filha de 6 anos o significado disso, ao ouvir o presidente da república falar essa palavra e questionar. Ah! Ainda bem que não é o kitgay. Mas essa afirmativa de “Sou Imbrochável” carece de prova testemunhal para ser afirmativa, portanto, ela é inconclusa.
Agora esta outra afirmativa merece mais atenção.
“Sou Incomível”, verbo empregado para designar ato de comer, se alimentar, porém aqui empregado pelo “mito” para designar atividade sexual. Mas como todo verbo denota uma ação, neste sentido, há quem pratique o ato ou a ação e há quem sofra a ação ou ato. Portanto, nosso filósofo mito imortal estaria insinuando que há alguém que queira “ofendê-lo”?
Imagino nosso filósofo autodeclarado imortal num banquete Platônico e lá encontrar seu Alcebíades. Quem seria ou seriam os Alcebíades do nosso filósofo Jairíades Bolsonarus? Hélio Negão? Ou alguns Alcebíades platônicos? Renan, o Vagabundo, Randolfe, o Fala Fino, Dória, o Calça Apertada ou Lula, o Nove Dedos?
E se a afirmativa proferida pelo agora filho de Zeus não fosse filosófica e sim freudiana? Quantas trancas teria o armário do mito, a ponto de se preocupar com que seu armário arrebente?
(*) CARLOS VEGGI ATALA é professor e ex-diretor do Procon Municipal de Cuiabá.
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