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Artigos Sexta-feira, 19 de Outubro de 2012, 08:00 - A | A

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Sexta-feira, 19 de Outubro de 2012, 08h:00 - A | A

"Obrigado, doutor!”

Desde que o primeiro doente foi tratado com ciência e humanismo, podemos dizer que existe o médico. Na história, essa arte-ciência é retratada primordialmente como invenção de Hipócrates (460 a.C.). ...

EZIO OJEDA

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Desde que o primeiro doente foi tratado com ciência e humanismo, podemos dizer que existe o médico. Na história, essa arte-ciência é retratada primordialmente como invenção de Hipócrates (460 a.C.). Considerado o responsável pela modificação da forma como se enfrentava o processo de cura, antes com curandeirismo e após sua intervenção, com estudos e tecnicismo.


Estabeleceu-se, porém, o dia 18 de outubro como o dia do médico em homenagem ao seu padroeiro, São Lucas. Autor do terceiro Evangelho, o santo além de tratar os doentes do corpo, dedicou sua vida à investigação e documentação do cristianismo. De pagão de Antioquia, passou a seguir incansavelmente os passos de São Paulo em suas peregrinações e pregações da Palavra de Deus ao mundo. É dele ainda a redação dos Atos dos Apóstolos, onde com muita propriedade narra os acontecimentos que envolveram a Igreja de Cristo nos seus primeiros anos de existência. A quem interessar maior conhecimento de sua biografia, sugiro que leia a fantástica obra literária de Taylor Caldwell, “Médico de homens e de almas”.

O médico, outrora concebido e preservado como um semideus devido à importância do próprio trabalho que salva vidas, hoje precisa suportar cada vez mais o desrespeito e a decadência da política desumana do neoliberalismo, onde o doente é vislumbrado como um consumidor de um serviço sucateado, apesar dos impostos exuberantes que deveriam retribuir com a excelência de atendimento.
O profissional que vive na frente do combate, porém, é quem sofre as críticas e absorve as revoltas e insatisfações da população carente de assistência digna para a sua saúde e de seus familiares. Não se vê com muita frequência ninguém protestando nas portas das prefeituras, pelo menos não tanto quanto o fazem nos ambulatórios médicos. A famosa indústria da indenização toma como seu principal objetivo o doutor que fez juramento e, na grande maioria das situações, honra o compromisso de lutar pela vida do seu assistido. Esquecem-se sob uma ótica míope as verdadeiras culpadas da pandemia social: a corrupção e a improbidade administrativa. Se a inconformidade do cidadão brasileiro contra estas mazelas fosse próxima do que vemos nos campeonatos de futebol, já veríamos alguma melhoria no Sistema Único de Saúde, hoje à beira do caos.

Na Medicina, as áreas se subdividiram ao ponto que para cada sistema ou órgão de nossa anatomia ter um especialista individualizado. Do fio de cabelo ao coração, do recém-nascido ao idoso, temos sempre um estudioso de plantão. Dermatologia, psiquiatria, cardiologia, neurologia, ginecologia, acupuntura, cirurgia oncológica e traumatologia são apenas parte da enciclopédia hipocrática moderna. Mesmo quem antigamente atendia toda a casa já conta com sua condição de volta. A Medicina de Família e Comunidade se tornou prioridade na estratégia da Saúde Pública do Brasil, sendo a prevenção o seu objetivo-mor.

Temos, sim, muito para celebrar neste dia. Nossa mão de obra é disputada por países ricos como o Canadá, a Inglaterra e a Austrália. Grandes nomes estampam os livros de pesquisas científicas nos grandes centros acadêmicos. Carlos Chagas, por exemplo, foi o único cientista que conseguiu estudar todo o ciclo de uma doença em toda a História! Vital Brasil, Dr. Jatene, Dr. José Pedro da Silva e tantos outros que nos orgulham! Se nos faltam incentivos governamentais, somos reconhecidos internacionalmente pela qualidade que desenvolvemos na arte de Esculápio. As pesquisas da AIDS no Brasil são citadas em todo Congresso no exterior. Em nosso meio, com as péssimas condições de trabalho, não havendo o altruísmo dos médicos, muita gente morreria. Não é exagero dizer que pagam para trabalhar.   Dentre todos, aquele que cuida ou cuidou de um dos nossos pais, filhos, irmãos ou amigos, faz jus a um abraço e reconhecimento enquanto nossa memória dele se lembrar. Heróis anônimos, perdem noites e sacrificam seus dias pelo paciente.

Se não todos os dias, só hoje, vamos aplaudir o médico. A homenagem que merece é bem maior, mas tenho certeza que todo médico se sentirá prestigiado e satisfeito ao ouvir um “obrigado, doutor!”.

Parabéns, colegas!

(*) ÉZIO OJEDA é médico em Cuiabá e colaborador de HiperNoticias.
Médico e Advogado em Cuiabá

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Filho 19/10/2012

Parabéns Dr.Ojeda pelo artigo! Parabéns aos profissionais médicos!

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