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A educação de qualidade tem sido minha preocupação enquanto cidadão, representante do povo no legislativo mato-grossense, e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso. Um fato que me faz refletir muito, é que tem sido cada vez mais comum, poderes públicos e sociedade, apostando a responsabilidade pela formação de condutas, caráter e deveres de um mundo melhor em “cima” da escola. A conclusão que eu chego com essas reflexões é que a missão da escola é ensinar as disciplinas fundamentais aos alunos, e não fazer o papel de protagonista na tentativa de corrigir as desigualdades sociais. O papel principal deveria ser da família e da sociedade.
Ai eu pergunto, nossas escolas tem estrutura para receber tamanha responsabilidade? A educação do nosso país da conta do recado?
É um erro pensar que ficar criando leis vai conseguir resolver os problemas da educação. Não podemos ficar se baseando apenas nas boas intenções, e sim, temos que olhar a realidade das escolas.
Qual seria a saída para a solução dos problemas direcionados à má qualidade da educação, interagindo com os investimentos governamentais e a formação de professores em todos os sistemas de ensino?
É vergonhoso lembrar que a taxa de reprovação no Brasil, é alta, o baixo desempenho em avaliações dos brasileiros, o próprio analfabetismo e a evasão escolar fazem parte infelizmente do perfil da educação brasileira.
Posso perceber que alguns professores sentem-se despreparados e desmotivados diante das exigências dos jovens, particularmente no que ultrapassa os conteúdos específicos de suas disciplinas e ao que se refere à socialização, ao comportamento e à vida dos estudantes além da escola, relacionada à evasão escolar, devido ao desinteresse do aluno pelo conhecimento.
Outro fator marcante são as diferenças entre o aluno rico e o aluno pobre. O aluno de classe média ou alta tem condição financeira de ingressar em escolas particulares, onde há qualidade no ensino, e os da classe “C ou D” são obrigados a estudar na rede de ensino público de má qualidade. Essa diferença pode ser percebida quando esses alunos de classes diferentes disputam uma vaga no mercado de trabalho. A concorrência é desleal. Precisamos de um sistema que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer o mercado de trabalho.
É difícil dizer isso, mas, infelizmente a sociedade prefere uma educação que fracasse em ensinar o alfabeto e a tabuada, contudo, ensine bem as músicas do momento. Mas ainda há esperança e por isso defendo que a população seja informada, de modo claro e intenso, sobre as conseqüências de suas escolhas e quais as perdas e ganhos do caminho escolhido.
A maioria dos brasileiros vive o desconhecimento do que verdadeiramente é educação de excelência. O que nos vendem é a possibilidade do paraíso em que professores despreparados podem formar o profissional de sucesso. Tudo isso é utopia que acaba em frustração, decepção e atraso.
Na minha visão a escola não pode fracassar, pois, ainda acredito que é alavanca de salvação do país.
(*) EMANUEL PINHEIRO graduou-se em Direito, no Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), especializando-se em Direito Administrativo, é professor de Direito Constitucional e está no cargo de deputado estadual por Mato Grosso.
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