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Variedades Quarta-feira, 08 de Julho de 2020, 16:00 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Julho de 2020, 16h:00 - A | A

INVESTIGAÇÃO

Padrastro de jovem picado por Naja se nega a entregar cobra a PCDF e Ibama

Estudante de medicina veterinária foi atacado pelo animal peçonhento que criava em casa e está em coma induzido

METROPOLES

Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram, na tarde desta quarta-feira (8/7), a um dos endereços ligados ao estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, picado pela cobra Naja kaouthia. O objetivo é apreender a serpente, que é extremamente venenosa e não tem registros oficiais de entrada no Brasil.

REPRODUÇÃO

COBRA NAJA

O jovem está internado, em estado grave, em coma induzido no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama. O padrasto de Pedro está do lado de dentro da residência, onde policiais civis e fiscais do meio ambiente tentam negociar a apreensão da serpente. Ele, porém, se nega a colaborar. Os oficiais aguardam um mandado de apreensão em carácter de urgência ser expedido pela Justiça, para que a Naja seja, enfim, capturada.

A PCDF investiga como a Naja chegou ao Brasil. Na lista das serpentes mais venenosas do mundo, o paradeiro da Naja ainda é desconhecido. Quem criava o animal não tinha autorização.

A suspeitas de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos.

No DF, segundo o Ibama, não existe registro, nos últimos anos da entrada legal de uma serpente desta espécie. “Vamos apurar a procedência desta cobra, que naturalmente não chegou ao DF pelas vias normais de importação”, afirmou uma fonte policial ouvida pelo Metrópoles.

De acordo com informações do Ibama, trata-se do primeiro caso de pessoa picada por uma cobra Naja em solo brasileiro. Principalmente pelo fato de o habitat da cobra se estender por toda a África, sudoeste, sul e sudeste Asiático, bem distante do continente brasileiro.

Único soro 

Especializado na produção de soro antiofídico, o Instituto Butantan, sediado em São Paulo, encaminhou para o DF a única amostra de soro produzido a partir do veneno da Naja para que a vacina fosse aplicada no universitário. Segundo informações do instituto, a pandemia provocada pelo novo coronavírus afetou a importação da matéria-prima usada para a produção dos antídotos.

Pedro Henrique estuda medicina veterinária com ênfase em animais silvestres e exóticos. De acordo com informações dos familiares, o estudante teve reação negativa ao soro e o procedimento ficou suspenso até que o paciente volte a ficar estável.

O Metrópoles apurou que Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Pedro Henrique está com insuficiência respiratória e, por isso, foi submetido à intubação. O quadro é considerado grave. Ele está com ventilação mecânica e sonda. Os médicos devem voltar a aplicar o soro ainda nesta quarta-feira (8/7).

UnB

Por meio de nota, a Universidade de Brasília (UnB) disse que Pedro Henrique não é estudante da instituição. “O rapaz faz estágio na área de animais silvestres da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, mas o incidente não ocorreu na UnB (nem no local onde ele atua nem em outra área da Universidade). O animal não pertence à UnB”.

“De todo modo, a UnB manifesta solidariedade ao jovem e a seus familiares e deseja sua pronta recuperação. Também aproveita para ressaltar a importância da cautela no trato com animais, em qualquer situação”, dizia a nota.

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