O senador Wellington Fagundes (PL) lidera o bloco da oposição para derrubar o pacote de ajustes fiscais proposto pelo governo Lula. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi até o Senado nesta quinta-feira (28) apresentar a proposta que sugere a isenção do Imposto de Renda a contribuintes que recebam até R$ 5 mil, corte dos super-salários do governo e a taxação dos super-ricos.
Fagundes pediu o texto-base para Haddad e depois de ler a mensagem do Executivo disse que o pacote se apresenta com o rótulo de corte de gastos, porém, determina o aumento de impostos para que o alto escalão de Lula continua a "gastança".
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Wellington ainda alfinetou Haddad afirmando que o pacote é uma demonstração do enfraquecimento do ministro. Para ele, os integrantes do governo brigando uns contra os outros para garantir lugar nos holofotes e suas cadeiras.
"Qual é a intenção do governo? É apenas para enganar a população ou querer cortar gastos, fazer o dever de casa? O dólar está chegando a R$ 6 e ele propõe algo que aumenta a carga tributária? Quer segurar o salário mínimo e o mais importante a inflação está batendo. Ela é mais perniciosa a quem ganha menos", falou o senador em coletiva após a reunião com Fernando Haddad.
"Nós da oposição entendemos que o governo está brigando com o governo pois está claro o enfraquecimento do ministro da Fazenda. Até agora não se demonstrou em nenhum momento que o governo quer cortar gastos, mas aumentar impostos e continuar a gastança", continou Fagundes endossando as críticas.
O pacote de ajustes fiscais será apreciado pela Câmara dos Deputados e Senado em sessão do Congresso Nacional que deve ser realizada antes do recesso do fim do ano, previsto para 22 de dezembro.
Haddad asseverou aos senadores que a medida irá gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Wellington discorda e argumentou que o mercado vive instabilidades para mudanças extremas serem implementadas.
"A proposta ocorre enquanto o mercado enfrenta a oscilação do dólar, a inflação sobe, e a desconfiança econômica se espalha. Além disso, o salário mínimo segue sem reajustes adequados, penalizando os trabalhadores. Vamos promover um amplo debate com a sociedade, ouvindo os diversos setores para entender o impacto real dessa medida", justificou o senador.
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*Com informações da Agência Senado
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