O candidato a prefeito de Cuiabá Roberto França (Patriota) criticou atuação da Prefeitura de Cuiabá durante a pandemia. O apresentador ainda responsabilizou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pelas mais de mil mortes em decorrência da doença na Capital.
Reprodução
Durante entrevista na Rádio Capital, na manhã desta quinta-feira (22), França declarou que “faltou bom senso” no que diz respeito aos decretos que foram estabelecidos como medida de prevenção à doença em Cuiabá.
“Muitos morreram em função dessa falta de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Cuiabá no que diz respeito fazer uma avaliação melhor no período que deveria abrir no período que deveria fechar. Não houve estudo cientifico nesse sentido”, declarou.
Para França, a prefeitura decretou o fechamento do comércio no início da pandemia de forma precipitada. O primeiro caso confirmado de Covid-19 em Cuiabá foi em março deste ano.
“Ali se fechou quando não era para fechar e abriu quando não era para abrir. Quer dizer, houve uma inversão, um estudo mal feito e que realmente terminou prejudicando muito não só o comércio, a indústria, os eventos, como também a própria população”.
França ainda afirmou que a prefeitura recebeu recursos do Ministério da Saúde para abertura de 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Cuiabá, no entanto, utilizou os leitos do Hospital e Pronto-Socorro como se fossem novos.
"O que a prefeitura fez? Invés de construir essas 40 novas UTIs naquela demanda que estava faltando, que o povo está morrendo, a prefeitura simplesmente ficou com o dinheiro e alegou que tinha construindo as UTIs usando as velhas UTIs do Pronto- Socorro como se fosse novas, o Ministério da Saúde descobriu e teve que devolver dinheiro", ressalta.
Apesar das críticas, França elogiou atuação do governo estadual na pandemia, destacando a construção do Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e a inauguração do Centro de Triagem da Covid-19 na Arena Pantanal em Cuiabá.
"A primeira delas foi construir no Hospital Metropolitano com 40 UTIs, 250 leitos e o mais importante por um preço susto R$ 16 milhões. Após a pandemia, os leitos vão continuar lá diferente de outros estados que fizeram hospital de campanha. Outro aspecto que eu acho que o governo acertou na mosca, embora veio um pouco tarte, mas antes tarde do que nunca, foi o Centro de Triagem na Arena para a população com capacidade de atender 600 pacientes por dia".
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