A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (24), a abertura de comissão processante contra o vereador Paulo Henrique (MDB), preso pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Ragnatela, denominada Pubblicare. O vereador foi denunciado por colegas da Casa de Leis por quebra de decoro parlamentar. De acordo com o pedido de cassação, Paulo Henrique "mancha" a reputação da Câmara ao ser associado em esquema de emissão de licenças de eventos e lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
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O presidente da Comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), designou Kássio Coelho (Podemos) como relator do processo. O vereador foi o responsável pelo parecer que cassou o mandato de Edna Sampaio (PT) pela primeira vez. Wilson Kero Kero (PMB), relator do processo contra o líder do governo Marcrean Santos (MDB), ficou como membro no caso de "PH".
Durante a audiência, os três vereadores criticaram a postura de grupo de parlamentares que protestaram em frente à Câmara, na última sexta-feira (20), quando "PH" foi preso, apontando que a Comissão de Ética caminhava a passos lentos, deixando o processo parado na Casa há cerca de quatro meses. O grupo protocolou ofício que foi encaminhado ao presidente Chico 2000 (PL) e remetido ao grupo de trabalho
Rorigo Arruda explicou que a lentidão se deu pois a Procuradoria da Casa orientou o arquivamento do processo, mas os vereadores optaram por se aprofundar no inquérito da Polícia Federal, que tinha cinco mil páginas e chegou para leitura em 19 de julho. Nos dois meses seguintes, segundo o presidente, o documento foi esmiuçado, implicando no entendimento pela abertura do procedimento disciplinar.
"Entendemos que se houve busca e apreensão é porque houve coisas maiores e que a gente não poderia arquivar esse processo sem ter 100% de segurança", justificou o vereador.
"PH" está preso no Complexo Penitenciário Ahmenon, em Várzea Grande, e terá de designar um procurador para representá-lo nas audoências. O porta-voz terá direito a acompanhar as oitivas e apresentar defesa final em plenário quando o parecer da comissão será votado, definindo ou não pela cassação do mandato.
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