O corpo de Viviane da Silva Ângelo, de 18 anos, grávida de sete meses, encontrada morta no domingo (18), na região da Ponte de Ferro, área rural de Cuiabá, foi enterrado sob forte comoção, na manhã desta terça-feira (20). A mulher que estava gestante de sete meses, teve o seu rosto desfigurado e em decorrência disso, os familiares resolveram pela não realização do velório. Viviane não teve o o bebê retirado de sua barriga, e foi enterrada ao lado do túmulo de seu pai.
Segundo informações da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), quando Viviane foi encontrada morta, foi constatado que o bebê também já havia morrido. Por isso, o feto e a mãe foram enterrados juntos.
O sepultamento, que reuniu familiares e amigos, ocorreu por volta das 10h30, no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na Rodovia Palmiro Paes de Barros, no bairro Parque Cuiabá, na Capital.
Emocionados, os familiares disseram não entender o motivo de tanta crueldade. Viviane teve o rosto desfigurado pelo assassino, que usou um estilete para retirar toda pele de seu rosto. No local do crime próximo ao corpo da vítima, os policiais encontraram a arma branca e um celular, que é de um mototaxista que teria levado a vítima até o local, onde o corpo foi encontrado, na Chaácara Recanto Feliz, próximo a Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro. O piloto, que é o principal suspeito, prestou depoimento ainda no domingo e negou que tenha cometido o crime.
“Eu não sei o porquê fizeram essa crueldade com ela. Os assassinos foram bárbaros, cruéis, frios. Assassinaram a Viviane a sangue frio, não tiveram piedade dela. O caso está sendo investigado, mas nós da família temos 90% da participação do mototaxista no crime. Se não foi ele que matou, ele ao menos participou do crime de alguma forma. No entanto, espero que os culpados sejam reconhecidos e paguem pelo o que fizeram com ela”, disse um familiar da vítima que não quis identificar.
Investigação
Na tarde desta terça-feira, a mãe de Viviane prestará depoimento à delegada responsável pelas investigações, Alana Cardoso da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além dela, amigos, conhecidos e alguns parentes já foram ouvidos pela delegada.
“Após o crime, nós já iniciamos as diligências e ouvimos algumas pessoas que estiveram com ela na sexta-feira (16). São várias hipóteses que nós estamos trabalhando, no entanto, ainda é muito cedo para citar qualquer. Algumas pessoas da família já foram ouvidas por nós, mas devido ao momento de luto, ainda não formalizamos o caso”, disse Alana.
Mototaxista nega
Nos esclarecimentos, o mototaxista negou que havia matado Viviane e afirmou que estava no local a pedido da vítima. O profissional, que não teve o nome revelado pelos investigadores, disse que pegou a vítima no bairro Jardim Vitória e em determinado momento, ela pediu para que a deixasse em frente a um estabelecimento próximo a Ponte de Ferro e pedido o celular do piloto para fazer uma ligação.
No entanto, quando ela ligava, um homem se aproximou e começou a discutir com Viviane. O piloto contou ainda que esse homem mandou que mototaxista saísse do local. Diante disso, ele teria se assustado e deixado o celular cair no local.
O mototaxista contou ainda que antes que ele saísse do local, ele viu Viviane ser agredida com golpes de capacete. Ele, contudo, não teria visto a mulher sendo morta. Toda a versão será investigada pela delegada Alana Cardoso.
Logo após o depoimento, que foi prestado na noite de domingo, o mototaxista foi liberado.
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