"A primeira coisa a fazer para a Venezuela é dar ajuda humanitária às 7 milhões de pessoas em risco de fome. É definitivamente uma situação muito forte para a região e, para o país, insustentável", disse Almagro.
Segundo a ONU, cerca de quatro milhões de venezuelanos deixaram seu país para outros lugares no mundo desde o final de 2015, em um dos maiores fluxos migratórios do planeta, fugindo da fome, falta de trabalho e escassez de alimentos.
A grande maioria atravessa a fronteira através de Pacaraima, no Brasil, ou Cúcuta, na Colômbia, em busca de melhores condições de vida.
"Seria tremendo ter que me perguntar sobre as condições da ditadura venezuelana, dos 5 milhões de migrantes e dos 7 milhões em risco de fome; dos milhares de torturados; dos parentes dos 14.000 presos políticos que estiveram nesses nos últimos anos na Venezuela, em um sistema de portas quebradas", lamentou o secretário-geral.
Almagro, que deu uma palestra sobre democracia na capital panamenha na terça-feira, disse que os sistemas políticos da região testemunharam como "a questão venezuelana se transformou em uma campanha eleitoral".
Almagro, que é um crítico feroz do governo de Nicolás Maduro na Venezuela, foi eleito em 2015 e aspira à reeleição, apoiada por países como os Estados Unidos.
(Com Agência Estado)
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