O promotor de justiça Alexandre Balas, da cidade de Poconé (100 quilômetros de Cuiabá), abriu um inquérito para investigar uma suposta ameaça por parte do empresário Luiz Augusto Moreira Amaral, o "Luizinho do Barco", contra o prefeito do município Tatá Amaral (DEM) e o secretário municipal de Turismo e Cultura, Manoel Pereira Leite, o "Dodô", que descumpriria as medidas de prevenção e combate à pandemia do Covid-19, o coronavírus.
Por meio de um áudio, o empresário teria afirmado que receberia todos os turistas que chegassem ao Pantanal e se a prefeitura continuasse com a medida de “parar tudo” os gestores públicos se tornariam seus ‘inimigos’. O prefeito decretou ações temporárias de prevenção à doença na última semana.
“Se vocês da prefeitura quiserem conversar comigo e tratar desse assunto eu ‘tô’ aberto a conversar, tá bom? Mas se vocês continuarem com essa ideia de querer parar tudo e frear tudo e ir contra o Governo Federal [sic]", destaca trecho da gravação transcrita pelo promotor no despacho que foi encaminhado na quarta-feira (25).
"Infelizmente vocês são meus inimigos, tá bom!? Então, amanhã de manhã eu estarei passando por Poconé, se você tiver interesse em conversar, e o prefeito também, estou à disposição, senão, partimos para a guerra, tá bom? [sic]”, ressalta o empresário.
O empresário teria afirmado ainda que colocaria um carro de som circulando no município para que a população ignorasse a quarentena e deixasse suas residências.
“Eu vou colocar carro de som dentro de Poconé pedindo ‘pro’ povo sair para a rua, trabalhar e cuida dos seus ‘véio’ que é o grupo de risco. Nós precisamos fazer voltar a girar o município. Meus turistas que porventura estiverem vindo eu vou atendê-los da mesma forma tá!? [sic]”, destaca.
No despacho, Alexandre Balas destaca que, ao agir assim, o suposto autor da gravação está infringindo três decretos municipais publicados nos dias 18, 19 e 20 de março.
O promotor determinou registro e autuação das atitudes do empresário como notícia de fato, além de pedir juntada aos autos de documentos e áudios remetidos pelo denunciante, “elaboração de pesquisa no PAE-MPMT sobre as pessoas natural e jurídica mencionadas” e que Polícia Judiciária Civil investigue os fatos.
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