O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Marcos Machado homologou nesta quinta-feira (20) a delação premiada do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva. Na delação, o ex-parlamentar aponta que os esquemas de pagamento de propina na Casa de Leis movimentaram R$ 175 milhões durante duas décadas.
Na confissão, Riva aponta que o pagamento de propina, conhecido como “mensalinho”, chegou a beneficiar ao menos 38 deputados para que os parlamentares votassem a favor de projetos encaminhados pelo governo estadual.
A partir da colaboração de Riva em parceria com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a expectativa é que R$ 50 milhões sejam ressarcidos aos cofres públicos.
Delação
Conforme Riva, entre os anos de 1995 a 1998, o líder do Governo e deputados de base recebiam mensalmente R$ 15 mil mensais. A partir de 1998 a 2002, o ex-parlamentar pagava aos colegas a quantia de R$ 20 a R$ 25 mil mensalmente. O ex-presidente da Assembleia gastou com “mensalinhos” aproximadamente R$ 175 milhões.
Na colaboração, Riva, que é considerado o maior ficha-suja do país, destaca que pode demonstrar os pagamentos, por meio de comprovantes bancários e notas promissórias, o efetivo pagamento da propina, bem como a participação dos parlamentares no esquema de desvio de recursos da Assembleia.
“A delação de José Riva não influencia no andamento da Casa porque é algo que aconteceu lá atrás, no passado, coisas de 2014. Estamos em 2020, a realidade é muito diferente de antigamente”, explicou Botelho sobre a delação no início de fevereiro.
A publicação da nota oficial da delação está sendo preparada pelo TJMT e deve ser publicada ainda na tarde desta quinta-feira (20).
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