O prefeito de Cuiabá e candidato à reeleição Emanuel Pinheiro (MDB) admitiu que "amarelou" para o primeiro debate com os adversários, realizado na TV Vila Real, nesta quinta-feira (15). No entanto, o candidato manteve a justificativa de que não compareceu ao evento devido às medidas de biossegurança contra o coronavírus.
Marcus Mesquita
"Eu amarelei, amarelei sim, mas amarelei para a Covid-19. Sempre disse à população, se tiver que amarelar de alguma coisa, se tiver que fugir, fuja do vírus", explicou Emanuel em coletiva de imprensa virtual.
Emanuel disse que, como atual prefeito, deve dar exemplo à população cuiabana. O prefeito também rebateu a suposta contradição entre o último decreto da prefeitura, que liberou eventos para 300 pessoas na quarta-feira (14) e sua postura em não comparecer ao debate.
Para Emanuel, o decreto deu a oportunidade de retomada para um segmento que sofreu com a Covid-19.
"Os meus decretos estão em vigor até dezembro de 2021, tudo no mundo parou, o único evento não adiado foi a eleição no Brasil. Um gestor responsável que entende a seriedade do vírus e seu poder de propagação não pode participar de todo e qualquer evento", defendeu.
No mesmo contexto, Emanuel foi questionado à respeito da participação da primeira-dama, Márcia Pinheiro, em evento político do filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), que é candidato à prefeitura de Várzea Grande. O evento, que aconteceu na quarta-feira (14), causou aglomeração.
"Atravessou a ponte é outra gestão, outras normas de conduta. Ninguém imaginava que Emanuelzinho arrastaria multidões, mas eu desaconselharia um evento daquela magnutide. Temos aglomerações em Cuiabá que tentamos evitar, mas é outro município, nossa cidade colega, irmã, tem outra gestão e outros decretos", justificou Emanuel.