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Cidades Quinta-feira, 17 de Setembro de 2020, 15:10 - A | A

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Quinta-feira, 17 de Setembro de 2020, 15h:10 - A | A

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Moradores de Gleba denunciam "cenário de guerra" durante despejo; veja imagens

JOYCY AMBRÓSIO

Moradores da Gleba Boa Sorte, localizada próximo à estrada da Guia em Cuiabá, denunciaram ao HNT que foram despejados, na quarta-feira (16), ‘sob um cenário de guerra’, do assentamento ao qual viviam há pelos menos 15 anos. A reintegração de terra foi garantida após uma expedição de ordem judicial. No entanto, os moradores relatam que não tiveram prazo hábil para sair do local e tiveram suas casas incineradas.   

Reprodução

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Conforme denúncia relatada ao HiperNotícias, existiria uma briga judicial se arrastando há pelo menos 10 anos em relação a identificação da área.

O local seria um excesso de terra de uma fazenda ao qual o proprietário havia pedido na justiça a apropriação do local, que até então pertencia ao Estado e estava sendo ocupado pelos moradores do assentamento, com a permissão do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). 

Os moradores se organizaram na época e criaram uma associação para disputar judicialmente o espaço junto com o fazendeiro. No entanto, no último dia 9, a Fazenda Santa Cruz conseguiu na Justiça de Mato Grosso uma liminar para despejar as mais de 200 famílias que vivem e cultivam na Gleba.

LEIA MAIS:Moradores de gleba bloqueiam Estrada da Guia após ordem de despejo; veja vídeo

Uma das moradoras do assentamento, que não quis se identificar, afirmou que os moradores não tiveram prazo para sair do local. “Uma coisa que está correndo na justiça há mais de 10 anos e em uma semana eles conseguiram simplesmente fazer o despejo sem prazo. Foi tudo mundo tirado ontem em um cenário de guerra”, denunciou a mulher.

Segundo informações, mesmo com a presença da polícia não teve ordem nenhuma durante o despejo dos moradores. “Representantes do proprietário da terra foi com um monte de gente para agredir. As pessoas (da fazenda), ficaram passando de moto e reprimindo os moradores. Tinha gente até armada e eles tacaram fogo em tudo”, destacou a mulher. 

Os associados acreditam que a motivação para a reintegração da terra tenha influência política.

“Ninguém das associações foi intimado. Eles não tiveram prazo para sair. Existe uma coisa política muito forte por trás disso, porque passou na mão de cinco desembargadores em uma semana. Pedindo que pelo menos o prazo fosse segurado, porque tem gente que não tem para onde ir”, declarou. 

Conforme foi informado à reportagem, as famílias que foram desalojadas estão sendo abrigadas pelas outras comunidades que ficam próximas da Gleba Boa Sorte.

Representantes da associação do assentamento registraram um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (17) sobre o acontecido.

Assista ao vídeo: 

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