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Quarta-feira, 25 de Março de 2020, 15h:12

Sindicato denuncia falta de luvas e álcool em gel para funcionários dos Correios

KHAYO RIBEIRO

O secretário jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect), Alexandre Aragão, apontou que os funcionários da empresa de telégrafos estão trabalhando sem o uso de equipamentos de proteção básico, como luvas e álcool em gel. Ao HNT/HiperNotícias, o sindicalista pontuou que, por conta da situação, não estão descartadas ações enérgicas da categoria, como futuras paralisações das atividades.

Divulgação

Correios

 

À reportagem, o membro da diretoria do Sintect contou que 95% dos trabalhadores terceirizados dos Correios paralisaram suas atividades durante esta semana. Contudo, nesta quarta-feira (25), retornaram ao trabalho por conta da pressão exercida pela empresa, que teria demitido três trabalhadores que lideravam as reivindicações.

Aragão destaca ainda que a falta de equipamentos básicos para os profissionais deve contribuir no espalhamento do Covid-19, o coronavírus, uma vez que os trabalhadores mantêm contato diário com centenas de pessoas.

“Os trabalhadores dos Correios vão em cerca de 400 residências por dia, entrando em contato direto com, no mínimo, 100, até 150 pessoas. Sem os equipamentos de proteção, eles certamente serão vetores da doença”, disse o secretário.

O sindicalista apontou que, com a retomada das atividades que estavam paralisadas, os trabalhadores receberam dos Correios álcool etílico 70%, mas sem que houvesse previsão de entrega de luvas e álcool em gel.

Devido à situação, o secretário disse que a categoria deve manter diálogo com os outros sindicatos do mesmo segmento no Brasil para que seja adotada uma posicionamento mais rígida em relação à postura adotada pelos Correios.

À reportagem, os Correios negaram que tenha havido demissão de funcionários. Por meio de nota, a empresa de telégrafos esclareceu que:

Não procede a informação sobre demissão de empregados.Os Correios estão seguindo a determinação do Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, que define os serviços postais como essenciais. A empresa está atenta à proteção de empregados e clientes, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados, baseados nas orientações do Ministério da Saúde.

Entre as medidas já adotadas pela estatal, destacam-se: 

 - Envio de orientação a todos os empregados quanto aos cuidados básicos de higiene, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde;

 - Disponibilização de álcool gel 70% em locais próximos às estações de trabalho; 

 - Intensificação de procedimentos de higienização e limpeza do ambiente e equipamentos.