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Economia Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 06:30 - A | A

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Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 06h:30 - A | A

País cria 137 mil vagas formais em janeiro, acima das projeções de especialistas

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Após o fechamento de 546.624 vagas em dezembro de 2024, segundo dado revisado, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 137.303 carteiras assinadas em janeiro deste ano, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, 26. O resultado do emprego no mês passado decorreu de 2.271.611 admissões e 2.134.308 demissões. No mesmo período de 2024, houve abertura de 173.233 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

O resultado veio acima da mediana das projeções de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. A mediana indicava a criação líquida de 50,5 mil vagas com carteira assinada e o intervalo das estimativas, todas positivas, variava de 20 mil a 240 mil vagas formais criadas.

A alta não esperada - vista como sinal de que a economia continua aquecida, com risco de pressão sobre a inflação - acabou ajudando a mexer com o humor do mercado, já afetado no dia pelo discurso do presidente Donald Trump, dos EUA, de novas tarifas comerciais e pela expectativa de novas trocas de ministros no governo Lula. O dólar subiu 0,86% e fechou cotado a R$ 5,80. Já o índice Ibovespa, o principal da Bolsa brasileira, terminou a sessão de ontem em queda de 0,96%, aos 124.768 pontos.

Declarações do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, contra a atual política monetária também foram recebidas com desaprovação no mercado. Marinho foi questionado sobre as sinalizações que constam nas comunicações oficiais do Comitê de Política Monetária (Copom), que citam um crescimento da economia acima da capacidade de produção e de como isso afeta a inflação, que está além do teto da meta. De acordo com analistas, um aumento nos juros seria necessário para controle da atividade econômica.

"Isso é uma imbecilidade. Precisamos estimular o crescimento da economia, produzir mais para controlar a inflação. Não é inibir. Se a gente inibir crédito e aumentar juros, você inibe investimento. Se você inibe investimento, você está inibindo ter mais produção para ter mais produto na prateleira para controlar a inflação pela oferta. Não existe só um mecanismo de controlar a inflação só pela restrição."

A avaliação do ministro é de que, se o Banco Central "entrar na onda" do mercado e elevar os juros, vai inibir a economia e impactar os investimentos. "Não pode aumentar os juros, porque isso inibe investimento e estrangula o Orçamento da União, dos Estados e municípios."

Mercado aquecido

O setor da indústria puxou o desempenho do emprego para cima no mês passado com a criação de 70.428 postos formais, seguido pelos serviços, que abriu 45.165 vagas. Já a construção criou 38.373 vagas em janeiro. Houve ainda a abertura de 35.754 vagas no setor na agropecuária. Já o comércio registrou fechamento de vagas, em 52.417 postos.

De acordo com o Caged, no primeiro mês do ano, 17 das 27 unidades da Federação obtiveram resultado positivo na criação de postos de trabalho. O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com saldo positivo de 36.125 postos de trabalho. Já o pior aconteceu no Rio, onde 12.960 vagas foram fechadas.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.251,33 em janeiro. Comparado ao mês anterior, houve um acréscimo de R$ 89,01, alta de 4,12%.

Surpresa

Na análise do economista do ASA Leonardo Costa, com o resultado, a expectativa é de um Produto Interno Bruto (PIB) forte no primeiro trimestre, sob influência do setor agropecuário. "A surpresa com o Caged ainda é preliminar, mas indica crescimento da economia um pouco maior no período."

Para o economista da Terra Investimentos Homero Guizzo, o resultado de janeiro "impressionou". "Além da aceleração na criação de vagas, vimos aceleração de mais de 4% do crescimento do salário médio real. Deixa a impressão de que o dado de dezembro parece ter sido um ruído", afirma.

Guizzo avalia que é preciso aguardar a confirmação dos dados da taxa de desemprego, mas considera que, em princípio, o mercado de trabalho não está desacelerando como o esperado, o que pode indicar um risco maior para a inflação.

"Tivemos um mês de dezembro com resultados muito ruins. Parecia que a atividade poderia ter uma desaceleração mais abrupta", avalia o chefe de macroeconomia da Kínitro Capital, João Savignon. Apesar disso, o resultado de janeiro não altera a perspectiva de acomodação das taxas de criação de vagas ao longo de 2025. "O mercado de trabalho reage de forma defasada à atividade e aos juros elevados."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

 

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