Na comparação com o trimestre terminado em julho de 2024, a massa de renda real subiu 2,4% no trimestre terminado em outubro, R$ 7,713 bilhões a mais.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,8% na comparação com o trimestre até julho, R$ 25 a mais, para R$ 3.255. Em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2023, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,9%, R$ 122 a mais.
Com a alta, o rendimento médio se aproxima dos patamares mais elevados da série, registrados em meio ao choque provocado pela pandemia de covid-19 no mercado de trabalho. A renda média dos ocupados só é menor do que no período de pandemia, observou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A pesquisadora lembra que a renda média subiu na pandemia, porque se baseava num conjunto muito menor de trabalhadores, especialmente daqueles com carteira de trabalho assinada e servidores públicos, que tradicionalmente têm salários maiores e ficaram mais protegidos dos impactos da crise.
"Aquela conjuntura fez com que tivéssemos uma média de rendimento maior, mas associada a um conjunto muito menor de trabalhadores. Você tinha um efeito de composição da população ocupada", disse Beringuy. "Caminhamos em direção ao maior rendimento novamente, mas aqui há um contingente muito maior de ocupados aferindo esse valor, inclusive com maior participação de trabalhadores informais. Esse rendimento agora, que já se aproxima do valor mais alto da série, é um valor muito mais inclusivo. Existe uma população ocupada associada a ele muito maior e uma população ocupada bem mais diversificada em termos de vínculo de ocupação", acrescentou.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,5% no trimestre terminado em outubro ante o trimestre encerrado em julho. Já na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2023, houve elevação de 8,5% na renda média nominal.
(Com Agência Estado)
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