Fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), na condição de anonimato, dizem que há uma reunião agendada com o presidente global da Fitch Ratings, Paul Taylor, amanhã, dia 24, a partir das 14h30 no horário do Brasil (13:30 local). Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem participar.
As conversas com as classificadoras de risco estão sendo realizadas a pedido do petista. Antes da viagem a Nova York, onde está para discursar na 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente Lula perguntou a Haddad sobre o cronograma para o Brasil recuperar o grau de investimento, perdido em 2025, informou o ministro da Fazenda, a jornalistas, mais cedo.
A recuperação do selo de bom pagador ajudaria a destravar investimentos estrangeiros para o País uma vez que muitos fundos de investimento grandes só podem aportar recursos em mercados que tenham o chamado investment grade. "A convicção que eu tenho, ouvindo tudo o que eu ouvi, é que nós estamos no caminho. E vamos tentar acelerar o passo o mais rápido possível para recuperar o grau de investimento".
Haddad afirmou que disse a Lula que recuperar o grau de investimento até o fim de sua gestão, em 2026, é desafiador. "Mas nós vamos trabalhar. Não tem muito cabimento o Brasil não ser grau de investimento", disse, citando as condições financeiras do País como, por exemplo, o fato de ser credor internacional.
Atualmente, o Brasil está a dois patamares de distância de recuperar o selo de bom pagador nas três maiores classificadoras do mundo. Pela Moody's, o rating do País é o Ba2, e a perspectiva da nota foi melhorada de estável para positiva neste ano. Já pela S&P, o Brasil tem BB, com perspectiva estável. Além delas, a Fitch Ratings reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável, em junho último.
(Com Agência Estado)
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