Como publicou ontem o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a manutenção, por parte do BoE, da taxa básica e juros em 0,1% e do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) em 750 bilhões de libras esterlinas era amplamente esperada, e por isso, o mercado voltou suas atenções para as perspectivas trazida no comunicado.
Ainda que tenha deixado a porta para estímulos adicionais - incluindo, aí, taxa de juros negativa - muitos agentes do mercado viram pouca disposição da autoridade em combater a crise do coronavírus com vigor, na medida em que se mostrou otimista com a recuperação econômica. "O BoE foi muito mais esperançoso no comunicado de hoje", diz Boris Schlossberg, da BK Asset Management, que fala em tom "radicalmente diferente" do tom "nervoso" da decisão de maio.
A postura bem menos dovish do que a esperada azedou os mercados. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, encerrou o dia em queda de 1,27%, aos 6.026,94 pontos, também com pressão da Glencore (-8,08%), que hoje divulgou prejuízo líquido de US$ 2,6 bilhões no primeiro semestre de 2020. Já o índice CAC 40, de Paris, caiu 0,54%, aos 12.591,68 pontos.
Na Itália, o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, cedeu 1,34% aos 19.475,15 pontos, neste dia em que o UniCredit (-3,87%) informou tombo de 77% no lucro do segundo trimestre. Entre outras praças europeias, o índice Ibex 35, de Madri, fechou o pregão com recuo de 1,16%, a 6.957,90 pontos, e o índice PSI 20, de Lisboa, de 0,56%, a 4.378,27 pontos.
A menor baixa no continente foi vista no índice Dax, de Frankfurt, que fechou em -0,54%, aos 12.591,68 pontos, após salto de 27,9% em junho das encomendas à indústria local ante maio, muito além da previsão de +11%.
(Com Agência Estado)
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