Como mostrou o Estadão, Lima Campos já havia sido preso em outras ocasiões, quatro delas por roubos com uso de arma de fogo. No ano passado, foi condenado, mas cumpria medida cautelar nas ruas.
A identificação do segundo envolvido foi possível por meio de impressões digitais. "O crime teve a participação de outro indivíduo. Por câmeras de monitoramento, identificamos a motocicleta utilizada por ele. Durante um deslocamento, ele colidiu com um veículo e deixou impressões digitais nesse delito", explicou o secretário ao Estadão.
O delegado Mauro Guimarães caminhava pela Rua Caio Graco com a esposa, também policial, quando foi abordado pela dupla, que anunciou o assalto. Depois de uma troca de tiros, Soares foi baleado no peito e não resistiu.
No momento da fuga, o segundo suspeito se desequilibrou, segundo os investigadores, e se apoiou no capô de um carro que circulava pela Rua Caio Graco. Diligências da Polícia Civil com apoio da Rota, as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, buscam o segundo comparsa, que não teve sua identidade revelada.
"O setor de perícias da Polícia Civil conseguiu identificar as digitais. Ele já está identificado. As equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil trabalham em conjunto para realizar a prisão desse comparsa", completa Derrite.
O secretário afirma que as investigações apontam a participação de dois criminosos no crime e descarta a atuação de quadrilha organizada. "Não se pode falar em quadrilha. São criminosos contumazes, que realizam vários roubos reiteradas vezes. Mesmo quando presos,acabam progredindo de regime e são soltos em determinado momento, cumprindo muito pouco da pena que lhe são impostas", diz.
Derrite tem sido um crítico das progressões de pena previstas pela Lei de Execuções Penais e defendeu no Congresso o fim da "saidinha" temporária dos presídios. O projeto foi sancionado com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril.
Vítima era de família de policiais civis
O delegado tinha 35 anos de carreira, vindo de uma família com a trajetória ligada à Polícia Civil. Delegado do Deic, tinha experiência em diversos departamentos e delegacias da Grande São Paulo e do interior, como de Barueri e Sorocaba.
O caso foi registrado como latrocínio no 91º Distrito Policial (Ceasa), com investigação liderada pelo DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
(Com Agência Estado)
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