Sabará teve a candidatura suspensa ontem após um procedimento sigiloso do partido. As inconsistências no currículo de Sabará são um dos motivos levaram um militante do Novo de Santa Catarina a entrar com a impugnação da candidatura.
Além desse ponto, candidato e dirigentes do partido vinham tendo atritos por dados errados na declaração de bens à Justiça Eleitoral (ele inicialmente declarou uma relação de R$ 15 mil, retificada para R$ 5 milhões), por um discurso alinhado ao bolsonarismo e por elogios feitos ao ex-prefeito Paulo Maluf - condenado por lavagem de dinheiro -, durante um programa de rádio. Sabará se desculpou depois pelo episódio.
As notícias no site do Novo sobre a aprovação de Sabará para disputar a eleição e a página de apresentação do candidato informavam que ele é "formado em marketing e cursa pós-graduação em Gerente de Cidade na Faap" desde dezembro do ano passado. Uma das páginas, que apresentava o candidato, foi retirada do ar.
A Faap, entretanto, disse ao Estadão que Sabará foi aluno, por seis meses, do curso de graduação em Relações Internacionais, no ano de 2003. Desde então, não teve nenhum outro vínculo com a instituição, segundo a Faap, e não fez matrícula nesta pós-graduação.
A campanha de Sabará afirma que não tem ideia de onde saiu a informação sobre a pós-graduação, que não teria sido passada pelo candidato suspenso à legenda. A assessoria de imprensa do Novo informou que o texto publicado nessas páginas era de autoria do próprio candidato, enviado ao partido.
A graduação de Sabará, na Faculdade de São Paulo, também é alvo de questionamentos em grupos de WhatsApp de apoiadores do Novo. A instituição, que não existe mais, foi absorvida pela Universidade do Brasil. Sabará afirma ter se formado em 2011, mas só requisitou o diploma em 2016.
Líder
Na manhã de quinta-feira, 24, a candidatura de Sabará foi alvo de nova contestação, desta vez pelo líder do Novo na Assembleia Legislativa de São Paulo, Daniel José. "Fiz isso como militante. A maneira como o sr Filipe Sabará reagiu (à suspensão da campanha) é mais uma evidência de que ele não tem condições de representar a sigla", disse. Questionado sobre os argumentos de seu pedido, Daniel José afirmou que não pode revelar porque o caso corre em sigilo na comissão de ética da legenda.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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