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Artigos Sexta-feira, 02 de Outubro de 2020, 08:38 - A | A

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Sexta-feira, 02 de Outubro de 2020, 08h:38 - A | A

JOÃO EDISOM

Voto de sangue

JOÃO EDISOM

Reprodução

JOÃO EDISOM

As eleições municipais de 2020 tem jeito, forma e gosto de encrenca. E o pior: com tendência a muitos finais trágicos. Espero sinceramente estar errado e queira Deus que possamos ter consciência dos processos que constituem o debate democrático e a ciência da tolerância e convivência pacífica prevaleça sobre a truculência, falta de informação e supere a fase do denuncismo vazio e dos ataques fortuitos.

As eleições de 2018 foram pesadíssimas. O então candidato a presidente Jair Bolsonaro foi esfaqueado. A distância dos cargos em disputa não colocava os oponentes (eleitores) frente a frente com as pessoas que eles atacavam, sendo candidatos ou não. Os Lulas, as Dilmas, os ministros do STF e os representantes do Congresso não são pessoas que nós encontramos todos os dias. Nem eles convivem com aqueles que os difamam dia e noite.

Nesta guerra onde a justiça é lenta, morosa e até negligente, nasceu um ser que tenta “fazer justiça com o próprio celular”. E eis aqui um ponto altamente perigoso: no município, quanto ataco alguém (candidato ou não), estou atacando junto pessoas que tem ligações afetivas muito próximas (marido, esposa, filhos, pai mãe, irmãos, primos, amigos...) e a forma de muitos reagir para defender os seus das agressões verbais será apelar para a violência física.

Estamos caminhando para uma eleição sangrenta. Um caso já ocorreu no município de Patrocínio (MG), durante a pré-campanha, e outros poderão ocorrer em série pelo Brasil. A conta vai para a Justiça. Sua ineficiência e morosidade fizeram a sociedade desacreditar de suas decisões e isso faz nascer dois sentimentos antagônicos: um é usar suas ferramentas para denunciar fora dos fóruns oficiais tudo e todos e o outro é atacar fisicamente para se vingar das denúncias nem sempre justas.

O julgamento e o linchamento moral de alguém através das redes sociais sempre passam pela falta de critério e limites de quem julga e lincha. No Brasil está oficializado o linchamento moral sem direito a defesa e sem ter causa ou fundamento. Só precisa de argumento e um bom teatro. A resposta  poderá ser o ataque contra a vida do oponente.

Sei que a democracia do amanhã se prepara na democracia do hoje e a nossa realidade conflitante atual nos conduz a algo muito ruim. A raiva e o ódio somadas as acusações, na grande maioria das vezes, levianas nos conduz para dias ruins. Triste é saber que tudo isso avança com a conivência do Estado, a eleição de 2020 já esta com gosto de sangue.

A pandemia em 2020 aprisionou fisicamente as pessoas. As denúncias vazias e as calúnias vão gerar o aprisionamento da consciência. Essa mata muito mais. E mata por muitas gerações, A política nasceu para ser uma guerra sem derramamento de sangue, esta eleição poderá desacreditar esta frase.

 

(*) JOÃO EDISOM é analista politico em Mato Grosso.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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