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Artigos Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2019, 09:01 - A | A

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Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2019, 09h:01 - A | A

SUELME FERNANDES

O que muda na eleição para vereador em Cuiabá?

SUELME FERNANDES*

Divulgação

Suelme Evangelista


Com o fim das coligações proporcionais muita coisa mudou no mundo político e começamos a perceber mais objetivamente essas mudanças à medida que nos aproximamos das eleições. Ter candidatos majoritários nos partidos, por exemplo, passou a ser muito importante para consolidar as candidaturas proporcionais e nunca foi tão difícil montar as chapas partidárias.

No modelo antigo os pequenos partidos se coligavam na proporcional (chapa de vereadores) com outras siglas e aumentavam a sua viabilidade eleitoral ou as chances de alcançar o coeficiente eleitoral mínimo para eleger vereadores.

Nas regras de 2020, um partido pequeno com chapa puro sangue para se viabilizar e eleger pelo menos um vereador em Cuiabá tem que ter no mínimo 12 mil votos. Sendo assim, para se viabilizar, o partido precisa ter na chapa cabeça, corpo e rabo, como se diz no jargão. Cabeça seria três  puxadores de voto ou tubarãozinhos com potencial de alcançar no mínimo 1500 votos por candidato; no corpo da chapa, os medianos, uns oito nomes que podem obter até 500 votos, e no rabo da chapa uns 15 que possam ter de 100 a 200 votos, totalizando na média os 12 mil votos na chapa para eleger um e assim por diante. Lembrando que os partidos têm até, no máximo, 38 vagas para preencher, número quase impossível de alcançar!

Uma opção para carrear votos e garantir esse coeficiente mínimo para eleger vereadores é lançar candidatos majoritários, principalmente na capital, que é uma eleição de dois turnos.

Em Cuiabá existem 26 partidos ativos: MDB, DEM, PSDB, PTB, PSD, PSB, PTC, PSL, PROS, Republicanos (PRB), Progressistas (PP), PT, PDT, PV, NOVO, Podemos, Patriota, PCdoB, PSTU, PL (PR), PRTB, DC (PSDC), Solidariedade (SDD), AVANTE (PTdoB), REDE, Republicanos (PRB) e PSC.

Desses, pelo menos 12 já anunciaram candidatura própria para prefeito: MDB (Emanuel Pinheiro), DEM, PT (Julier Sebastião), PDT (Maestro Fabrício), Podemos (Niuam), PSOL (Procurador Mauro), PROS (Gisela), PSC (Abílio), Cidadania CDD-PPS (Welaton), PSDB (Luiz Carlos Nigro), NOVO (Álvaro Carvalho), Roberto França (Sem Partido) e Rede. Quase o dobro de candidatos em relação as eleições de 2016, que teve 6 candidatos: MDB (Emanuel Pinheiro), PSDB (Wilson Santos), PSOL (Procurador Mauro), PDT (Julier Sebastião), PRB (Serys) e Rede Renatto Santana.

Para complicar as articulações a lei também permitiu a troca de partido dos vereadores no mandato. Nas minhas contas 13 vereadores mudarão de partido até março 2020 na janela partidária, sendo que alguns já foram anunciados e concretizados e outros ainda não, mas analisando as condições eleitorais das chapas nos partidos, é fácil deduzir algumas saídas. 

Entre os anunciados e/ou já filiados, 08: Misael Galvão (era do PSB foi para o PTB), Adevair Cabral, Renivaldo e Saad (PSDB e já avisaram que vão mudar), Kero Kero (PSL já foi para o Podemos), Welaton (PV-CDD), Bussiki (PSB-DEM) e Lilo (PRP já está no PDT). As prováveis mudanças, 05: Chico 2000 (PL/PR), Diego (Progressistas-PP), Xavier (PTC), Marcrean (PRTB) e Toninho de Souza (PSD). 

Por último, os que “ao meu ver” não mudarão de sigla, 12: Juca do Guaraná (AVANTE), Dilemário (PROS), Luiz Claúdio, Vinicius e Orivaldo (PP), Abílio e Joelson (PSC), Tininho, Nadaf e Marcos Veloso (PV), Levante (PSB) e Clebinho (DC). 

Alguns partidos que tinham representação na câmara nesse “troca troca” ficarão sem nenhum vereador, como PSDB, PSD, PRP, PSL, PTC, PRTB e PL-PR, uma grande reviravolta. No entanto, outros que não tinham nenhum vereador, começaram a ter: PTB, DEM, PODEMOS e PDT. 

Em síntese, se mantido esse quadro de mudança desenhado acima, teremos 10 partidos atrás de novas vagas na câmara: PSDB, PSD, PRP, PSL, PRTB, PTC, PL-PR, SDD, Patriota, Republicanos (PRB), MDB. 

Resta saber quantos deles têm chapa completa nesse momento. Teceremos um panorama possível das articulações em curso: efetivamente quem tem chapa completa, “cabeça, corpo e rabo” como dizem, são os partidos MDB, Progressistas- PP e PV.

Algumas siglas ainda estão em construção, umas com potencial grande como PTB, DEM e outras com menor potencial, mas já com projetos claros, PODEMOS, NOVO, PSC, Patriotas, Republicanos (PRB), Avante, PROS, PSB, PDT, PT, PSDB, PSL, DC e os demais um pouco atrás na montagem de chapas ou com maiores dificuldades CDD, PTC, PL-PR, PRTB, PCdoB, SDD, PSOL e PSD.

Se por um lado possuir nomes fortes na chapa de vereadores desestimula a competição interna dos candidatos nos partidos, por outro lado a falta de puxadores de votos também põe em risco a viabilidade eleitoral por falta de coeficiente.

A decisão de onde se filiar não é fácil. O certo seria na conta da chapa haver possibilidades de eleger ao menos dois vereadores para os novatos” competirem igualitariamente, ou que na conta do candidato (e não do dirigente partidário) a chapa tenha começo, meio e fim ou cabeça, corpo e rabo e caiba seu projeto eleitoral, faça sua conta.

Uma coisa é certa nesse cenário de pulverização de votos e partidos, dificilmente um partido sozinho fará mais que dois vereadores, como ocorria antigamente.

Nesse quadro de inovação e incertezas, a menos de 1 ano das eleições até agora apenas 3 partidos possuem chapas completas com nomes confirmados e umas 23 siglas seguem indefinidas até agora. Essa é uma das especificidades das eleições 2020, a enorme especulação de nomes e muita dificuldade de montar as chapas. 

O prefeito Emanuel tem anunciado o apoio de pelo menos 9 siglas: PP, PV, Avante, DC, PRTB, PL-PR, PSD, PTB, PTC, Republicanos-PRB, sobra poucas siglas para serem disputadas nas alianças que não possuem candidatos a prefeito: PSB, PCdoB, SDD, PSL e PRP. Esse quadro pode mudar muito com a “troca-troca” de partidos dos vereadores e acaba jogando a parte decisória e uma maior importância das eleições para o segundo turno.

A única certeza que temos na política é que ela é a arte do imponderado e que amanhã essa fotografia pode mudar completamente, por enquanto esse é o cenário que temos!

(*) SUELME FERNANDES é analista político e Mestre em História.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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